“Se nada der certo, eu posso
voltar?” – ele me perguntou, com os olhos marejados e a voz embargada pela
incerteza. Naquele momento, meu coração tomou conta da razão, assentindo, porque
afinal, tudo que eu mais queria era que ele voltasse. Ele alegou precisava
partir e que essa necessidade surgiu para que pudesse se encontrar, ser livre
um pouco, provar que sentiria minha falta, buscar o nosso amor, que havia se
perdido...
E
eu esperei. Mas, ele nunca voltou. Minhas vãs esperanças que criaram um mundo
paralelo e ilusório finalmente se chocaram com a realidade e então pude
compreender que eu não ficaria melhor se ele voltasse, porque quando se ama de
verdade, você não tem dúvidas.
O amor está presente nas
atitudes, na coragem de assumir responsabilidades e riscos, na vontade de estar
perto de quem se ama, custe o que custar ou doa a quem doer. Do contrário, é
melhor cada um seguir seu rumo, trilhar seu próprio caminho, buscar o que acrescenta
e o que faz feliz.
Uma hora a dor passa. Uma
hora tudo ficará bem. Você não vai se esquecer, porém a lembrança será guardada e
a infelicidade será substituída pela vontade de tentar ser feliz de novo. Você ainda se lembrará do que (e/ou quem) te fez sofrer,
dos teus erros e tentará fazer de tudo para que tal fato não se repita e para
que daqui em diante, tudo seja diferente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário