Quando nós nos encontramos
pela primeira vez, ele estava me esperando em frente ao velho portão de uma
escola, usando uma calça surrada e camisa regata que mostrava a tatuagem mal
feita e já apagada devido ao tempo, mas aquilo tudo lhe concedia um ar rebelde.
Foi quase que instantâneo: minhas pernas amoleceram, era como se tudo rodasse
em câmera lenta. Conseguia ouvir os batimentos acelerados do meu coração, as
mãos que suavam e as borboletas circulavam livremente em meu estômago. Naquele
momento, eu sabia que havia me apaixonado por ele. Meu primeiro amor. Amor
inconsequente, típico adolescente.
Mas
os anos se passaram. Assim como aquele dia, nosso amor se perdeu, desgastado
pela rotina e pelas desavenças do destino. Mas será que foi amor, mesmo?
Durante
todo o tempo, eu estava disposta a ir para batalha e vencer nessa guerra, mas
você desistiu da luta, me deixando para trás... Eu estava pronta para abrir
nossos caminhos, trilhar novas rotas, mas você resolveu seguir outro rumo, sem
mim...
Nosso
amor era para ser como uma fênix, renascendo das cinzas... Mas não era amor,
porque com a mesma facilidade que nasceu, também morreu. E eu não fui forte o
bastante para te salvar. Para nos salvar.
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