Sinopse: Shelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência disso, mas não sabem reagir — são como ratos, estão sempre entocadas e coagidas. Shelley, vítima de um longo período de bullying que culminou em um violento atentado, não frequenta a escola. Esteve perto da morte, e as cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe vivem refugiadas em um chalé afastado da cidade. Confiantes de que o pesadelo acabou elas enfim se sentem confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate quente junto à lareira. Mas, na noite em que Shelley completa dezesseis anos, um estranho invade a tranquilidade das duas e um sentimento é despertado na menina. Os acontecimentos que se seguem instauram o caos em tudo o que pensam e sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou. Até mesmo os ratos têm um limite. (Fonte Skoob)
“Quando um gato entra na toca dos ratos, ele não vai embora
deixando-os ilesos. Eu sabia como aquela história iria terminar. Ele mataria
nós duas.”
A primeira parte do livro
não é nada estimulante fiquei tentada a desistir varias vezes, mas quando o
livro entra em seu ápice é difícil largar e a curiosidade de saber o que vai
acontecer com mãe e filha é incontrolável e não da vontade de parar. Com final
surpreendente esse thriller psicológico vai te fazer pensar se você é um rato
ou um gato.
Eu gosto desse tipo de
livro que quando a leitura acaba ela ainda fica na sua cabeça te fazendo
pensar, de vez em quando eu gosto de pegar livros assim, livros que tenho algum
eleito significativo. Ele me fez pensar nas pessoas que vivem em situações
semelhantes à dessas mulheres, que são menosprezadas e intimidadas por
parceiros, pais, irmãos, amigos, entregadores, atendentes... Esse livro me
mostrou que quem vive como rato não é só uma parte rato, não da para ser 50%,
20% ou só 5%, quem vive dessa maneira é sempre 100%, elas não conseguem controlar
é muito mais cômodo viver de tal forma do que reagir, em alguns casos a morte é
inevitável e elas ainda se sentem culpadas.
“Nossa aparência afeta nossa personalidade? Ou é nossa
personalidade que afeta nossa aparência? A pintura corporal para a guerra
transforma um índio covarde em um guerreiro corajoso? Ou um guerreiro
corajoso se pinta para mostrar sua crueldade? Um gato sempre parece um gato? Um
rato sempre parece um rato?”
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